terça-feira, janeiro 31, 2012

Presidenta Dilma defende parceria estratégica e duradoura entre Brasil e Cuba


Na primeira visita oficial a Cuba, presidenta DIlma Rousseff se reúne com o presidente Raúl Castro. 
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
 Na primeira visita oficial a Cuba, a presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (31) uma parceria “estratégica e duradoura” para acelerar o desenvolvimento cubano. Em entrevista coletiva após visita ao Memorial de José Martí, na Praça da Revolução, a presidenta citou os investimentos brasileiros no Porto de Mariel e o financiamento da produção por meio do programa Mais Alimentos.
“A grande ajuda que o Brasil vai dar a Cuba é contribuir para que esse processo, que é um processo que eu não considero que leve a grande coisa, leva mais à pobreza e a problemas sério para as populações que sofrem a questão do bloqueio, a questão do embargo, a questão do impedimento do comércio. Eu acredito que o grande compromisso, a grande contribuição que nós podemos dar aqui em Cuba é ajudar a desenvolver todo o processo econômico”, disse a presidenta.
A presidente Dilma Rousseff durante entrevista em Havana (Foto Reuters)
Além da cooperação econômica, a presidenta Dilma falou ainda sobre direitos humanos, tema que, segundo ela, deve ser discutido dentro de uma “perspectiva multilateral”.
“Não é possível fazer da política de direitos humanos só uma arma de combate político-ideológico. O mundo precisa se convencer de que é algo que todos os países do mundo tem de se responsabilizar, inclusive o nosso. Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro. Nós, no Brasil, temos os nossos. Então, eu concordo em falar de direitos humanos dentro de uma perspectiva multilateral. Acho que esse é um compromisso de todos os povos civilizados. Há, necessariamente, muitos aspectos a serem considerados. De fato, é algo que nós temos de melhorar no mundo, de uma maneira geral. Nós não podemos achar que direitos humanos é uma pedra que você joga só de um lado para o outro. Ela serve para nós também”, afirmou a presidenta.
Fonte: Blog do Planalto - Terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Entrevista da presidenta Dilma em Havana


Profissionais da beleza: regulamentação profissional é fruto de 40 anos de luta

Para idealizador do projeto Tesourinha, Ivan Stringhi, debate entre profissionais do setor é fundamental para que todos entendam benefícios e alterações trazidas pelo registro profissional.

Há 20 anos, Ivan Stringhi idealizou o Projeto Tesourinha – iniciativa que já formou e encaminhou ao mercado de trabalho mais de 30 mil jovens e adultos de baixa renda. São cabeleireiros, manicures, depiladores e maquiadores que, desde o dia 18 de janeiro, têm seus direitos profissionais reconhecidos pela Lei 12.592/12.
A sanção da presidenta Dilma Rousseff representa o fim de umas das etapas desse amplo debate acerca da regulamentação profissionais no setor. “Essa luta vem de 45, 46 anos! E me tornei ativo nela para entender porque não acontecia [a regulamentação]”, relata Stringhi.
Vencida a barreira judicial, é hora de debater nas bases as mudanças efetivas da decisão. “A ‘clandestinidade’ dos profissionais da beleza já foi atribuída à vontade política, a barreiras do Ministério do Trabalho, mas a conclusão que cheguei foi a de existia desentendimento entre os próprios profissionais”, afirma.
Segundo Stringhi, apesar das idas constantes à Brasília, reuniões com deputados federais e senadores, por diversas vezes a iniciativa foi “engavetada”. Apenas em 2011 que o cenário mudou. “Além da ajuda do [Paulo] Paim (PT-RS), que foi fundamental, estive com o Vicentinho (PT-SP) e recebi orientações importantes até chegar ao Senado” – onde aliás, a pauta foi aprovada por unanimidade. "Só posso parabenizar a rapidez e a atenção da nossa presidenta à nossa causa", destaca.
Pesquisa
No dia 16 de fevereiro, Stringhi participa de uma reunião que vai definir os rumos de uma pesquisa que vai apontar as necessidades do setor de beleza e direcionar os debates acerca das mudanças após a regulamentação das profissões. “É um estudo concentrado, que vai sanar dúvidas, esclarecer pontos que ainda são questionados, mas o que posso dizer é que registro é registro, ilegal é ilegal. Isso não muda nada. As mudanças são muito mais psicológicas do que qualquer outra coisa, os efeitos reais disso só serão sentido em dez ou 15 anos, mas a população, de maneira geral, vai ser beneficiada com essa profissionalização, não tenho dúvidas”, explica.
Stringhi elenca alguns fatores importantes na sanção. O primeiro deles, é a valorização. “O estudante que se formar terá uma profissão regulamentada, é uma felicidade sem tamanho”. Além disso, a sanção evita que apenas pessoas com ensino médio concluído sejam reconhecidas como profissionais regulamentados – necessidades essa, que de acordo com o cabeleireiro, influenciava inclusive no púbico do Projeto Tesourinha, que não podia ser certificado sem o estudo completo.

Por Aline Nascimento - Portal Linha Direta
Segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nova Audiência sobre desocupação no Pinheirinho será na quarta, dia 1, na Alesp

Nova Audiência sobre desocupação no Pinheirinho será na quarta, dia 1, na Alesp

O presidente do Conselho afirmou ainda, que os voluntários constataram que a população do Pinheirinho foi agredida, espancada e que houve até mesmo tentativa de homicídio.
Mais de 90 voluntários do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) foram até São José dos Campos nesta segunda-feira (30) para realizar entrevistas com os moradores do Pinheirinho, redigi-las e anexá-las ao relatório que está sendo organizado pelo Conselho. Às 19h aconteceu uma Audiência Pública na Câmara Municipal, com participação de membros do órgão, voluntários, parlamentares e moradores do Pinheirinho, que puderam contar, em detalhes, momentos da invasão policial no bairro para reintegração de posse do terreno, que deixou quase oito mil pessoas desabrigadas.
De acordo com o presidente do Condepe, Ivan Seixas, o objetivo é enviar o relatório - com as mais de 500 entrevistas realizadas hoje com os moradores - ao Governo Federal, à Assembleia Legislativa, à entidades nacionais e internacionais de direitos humanos e ao Judiciário. “Precisamos mostrar, de fato, o que aconteceu e o que continua acontecendo aqui, no Estado de São Paulo. Foi uma demonstração de ódio contra o povo trabalhador, um total desrespeito aos direitos humanos”, salientou.
Seixas ressaltou que atualmente as leis permitem diversas possibilidades de resolver de forma pacífica o problema das ocupações irregulares. “Um governo pode desapropriar uma área, torná-la de utilidade pública, construir alternativas com projetos habitacionais. Mas hoje, milhares de pessoas estão desabrigadas porque tiveram suas casas destruídas pelo próprio Estado. Idosos estão morando em condições precárias. Crianças estão sem freqüentar a escola. Esse problema não existia há uma semana atrás. O próprio Estado criou esse problema social de forma violenta, sem respeito, agredindo a população. Vamos apurar todas as denúncias, inclusive as de desaparecidos”.
O presidente do Conselho afirmou ainda, que os voluntários constataram que a população do Pinheirinho foi agredida, espancada e que houve até mesmo tentativa de homicídio. “Ainda não sabemos de mortes. Estamos investigando. Mas um morador, o David, que está aqui hoje, foi baleado por guardas civis. A população que está nesses abrigos demonstra muito medo de retaliações por parte da polícia”.
Renato Simões, que além de ser integrante do Condepe é secretário nacional de Movimentos Populares do PT, destacou a importância da coleta de informações detalhadas, com nome, dados, assinatura dos moradores agredidos e exames de corpo de delito, para que o Conselho possa formalizar as denúncias. “Agora podemos concretizar o que de fato aconteceu aqui. Vamos poder cobrar que os responsáveis paguem pelas violações de direitos humanos, danos físicos, morais e materiais.
Adolfo Pinheiro, um dos voluntários que saiu de São Paulo para participar do mutirão, afirmou nunca ter visto algo tão deprimente. “O que vivemos hoje foi lastimável. Uma cena horrível. Nós achamos que só vamos ver esse tipo de coisa em países como o Haiti. Pessoas sobrevivendo em condições subhumanas. Elas perderam tudo. Senti vergonha de ser brasileiro, de ser paulista. Ouvimos histórias horríveis, absurdas, que ainda não podem ser divulgadas para não colocar em risco a vida das pessoas que denunciaram”.

Depoimentos: vidas destroçadas

David Castor foi baleado
“Eu estava em casa com minha esposa e filho de 10 meses. Ouvimos fogos, bombas. Os policiais foram entrando no bairro. Eu consegui tirar meu filho e levei pra casa dos meus irmãos no Campo dos Alemães. Quando voltava para a minha casa pra tentar retirar nossos bens, fui almejado por uma bala, disparada por um guarda civil. Estávamos eu, minha esposa, meu amigo e a esposa dele”.

Maria Laura, esposa de David: “Agora é só saudade e tristeza”
“Fomos acordados de manhã, percebemos que o acampamento estava fechado pela polícia. Ninguém entrava nem saia. Nossa maior preocupação era proteger nosso bebê de 10 meses, então o levamos para a casa de parentes. Eu queria retornar para a minha casa e proteger o que conseguisse, porque ali estava nossa vida de 8 anos de batalha. Mas fomos interrompidos com esse tiro no meu marido. Tinha vários helicópteros jogando bombas. Estavam disparando balas de verdade contra a população. Só consegui voltar pra casa na quarta-feira, dois dias depois, com um caminhão particular. Não consegui trazer nada, pois as portas estavam abertas e minha casa vazia”.

Dulcineia Faustino, moradora
“Falam que tinha ambulância e corpo de bombeiros aqui. Não tinha nada, não. Cortaram nossos telefones. Não dava pra falar com ninguém. Jogaram bombas em nós. Só consegui voltar pra minha casa pra retirar minhas coisas depois de 3 dias”.

Daniele Aparecida Gavião, atingida no rosto por uma bala de borracha
“Foi um dia muito triste. A tropa de choque atirou na população. Eu fui atingida no rosto, levei 12 pontos. Foram os moradores que me socorreram e me levaram para a UPA. Não tive ajuda de ninguém do governo. A marca ficou por fora e por dentro. Eu espero justiça”.

Silvio Prado, presidente da Apeosp de Taubaté
“Vimos pela televisão e fomos até o Pinheirinho pra ver o que estava acontecendo. Era terrorismo. Presenciei a cena de um policial tentando arrombar uma casa com umas 15 pessoas, sendo que 6 eram crianças. O policial estava com uma arma, berrando, ameaçando matar todo mundo. Desesperado, o pai escondeu as crianças no último cômodo. Foi algo pavoroso. Crianças chorando, mulheres chorando e o policial gritando e ameaçando invadir a casa e matar todo mundo”.

Paulo Maldos: “Você volta e manda sua presidenta falar comigo”

Maldos é secretário nacional de Articulação Social, da presidência da República, e estava no local para dialogar com o Governo Municipal em busca de uma solução pacífica para o caso.

“Minha presença naquela manhã se deu devido a um acordo da Presidência da República porque entendemos que haveria um tempo de 15 dias de estudar uma solução. Trabalhávamos junto ao prefeito e ao governador. Eu fiquei incumbido de falar com a comunidade. Procurar as alternativas. Construir casas. Procurar terrenos. Solucionar. Tinha marcado nove da manhã, mas pelo celular soube que havia um cerco na comunidade.

Demorei para acreditar por conta do pacto. Eu não entendi como poderia estar cercado militarmente aquela comunidade. Eu cheguei e me deparei com uma situação bastante crítica. Um cerco militar com escudos escrito choque.

Eu quis acessar o comando. Me dirigi até o grupo de soldados, quando cheguei até uns oito metros. E fui advertido que parasse e vi armas em minha direção. Dei a volta e fiquei a uns vinte metros de distância. E conversando com a população, de repente sem mais nem menos, eu senti um ferimento, eu recebi uma bala na perna esquerda. Procurei me esconder. Esta tropa veio atacando a população.

Eu fiquei por nove horas no bairro. Sofremos ondas de ataque. Jogavam bombas. Notícias de idosos sendo espancados. Depois de algumas horas eu tentei falar com o comando da operação. Fui barrado, mesmo apresentando meu cartão do Governo Federal. O oficial leu e falou que eu não entrava. Ele falou: você volta e manda sua presidenta falar comigo.

Agressividade infinita naquele grupo. A PM diz que não estava com armas letais. A guarda civil estava sim com armas letais. Ou seja, toda essa operação foi comandada com armas letais.
Percebi que eles estavam orientados para o ataque maciço e não estabelecerem contato com ninguém. A atitude era tratar todos os moradores locais como inimigos. Para serem dominados ou mesmo eliminados.”

Psiquiatra e conselheiro tutelar: animais foram alvejados
“Nós não sabemos como que estes sentimentos estas vivência vão impactar na sua estrutura psíquica. Como vai impactar no seu comportamento como cidadão. Como vai interpretar a sociedade.
Eu tive a oportunidade de conversar com um pequenino. Este pequenino estava triste. Perguntado porque estava triste. Ele viu a pouca distancia a policia alvejar o seu animal.
Um jovem também era aprendiz de adestrador de animais. Ele esta agora em um barraquinho com alguns animais. E este jovem tinha um animal favorito que fazia de tudo. Mas ele viu seu animal ser alvejado pela polícia. É preciso que tenhamos uma visão completa do que está acontecimento. Foi uma violação dos direitos da criança e do adolescente. Algumas destas crianças poderão ter sequelas, distúrbios psicológicos devido ao que presenciaram.
Não se trata apenas de uma desapropriação, mas sim de uma violação aos direitos humanos e das crianças e adolescentes”.

Marrom, liderança do bairro: “Foi um estupro social”
“Na noite anterior eu recebi ligações de que a tropa de choque invadiria o Pinheirinho. Várias ligações. Fui checar, mas não consegui confirmar nada. Me disseram que não era desocupação, era varredura. Durante uma meia hora não conseguimos usar celular, não funcionava. Mandaram me prender. As tropas entravam com cerca de 200 policiais muito armados. Atiravam com bala de verdade e começaram a colocar fogo em tudo. Arrancaram crianças e idosos da igreja. Arrancaram mesmo. E começaram a gritar que agora o Pinheirinho era deles.
Eu vi várias desocupações. Isso que aconteceu em são Jose dos campos foi um estupro sociai. Estive no Haiti, mas nunca vi o que aconteceu aqui. Crianças não tinham como reagir. Eu vi policial da cavalaria chorando. Isso é uma covardia total. As crianças correndo e os policiais jogavam bombas nas crianças. O seu Ivo, que é um deficiente, apanhou muito, muito, muito da tropa de choque. Não conseguíamos chegar até ele. Eu não o vi mais, nem a família dele não achou mais ele.
As pessoas ainda estavam dormindo, foram arrancadas de suas casas, apanhando. Parecia uma praça de guerra. Senti como se fosse um país atacando outro país. As pessoas não acreditavam, perguntavam pelo acordo. E eu dizia que o acordo agora era tentar sair com vida. Pedia para ninguém reagir, pois vieram para matar e matar. Os policiais roubavam os pertences da população. Derrubaram a igreja católica. Diziam ‘aí seus vagabundos, seu dia chegou’. Humilhação total”.

Parlamentares querem que responsáveis sejam punidos

A Audiência Pública mobilizou vários parlamentares, como os senador petista Eduardo Suplicy, que participou ativamente de todo o processo de negociação, os deputados estaduais do PT Carlos Gianasi, Marco Aurélio, Enio Tatto, Simão Pedro e o federal Carlinhos de Almeida. Vários vereadores de São José dos Campos também participaram, além do promotor de justiça Vicente Malaquias. Todos demonstraram muita indignação diante da falta de respeito aos direitos humanos e truculência dos governos estadual e municipal e da violência policial.

Senador Eduardo Suplicy: empenho para resolver pacificamente
“Na tarde 5ª feira, eu havia chegado do Líbano, e fui direto pra reuniões para o Palácio da Justiça. Falamos a Ivan Sartori que era necessário um entendimento dos três níveis – Federal, Estadual e municipal. Eu havia entregue documento da comunidade nas mãos do Governador, nas mãos da presidenta Dilma. E pedi solução. O presidente do Tribunal de justiça disse da necessidade um documento, e então ele mesmo me deu o nome do síndico da massa falida e eu falei com ele. E falei sobre um diálogo. E ele marcou comigo pra nos encontrarmos no gabinete do Juiz de falência. E reunidos pedimos o prazo, o senhor Jorge sindico disse que estava de acordo. O juiz pediu que ele escrevesse em um papel. Isto foi em 18 de janeiro. O mandato de reintegração deveria ser cumprido 15 dias depois. Ele próprio telefonou pra juíza comunicando isto, na nossa frente. Então, foi por esta razão que vim aqui no sábado, na assembleia de vocês, e lhes disse que nós conseguimos isso. Ainda na sexta feira de tarde o advogado veio e disse que falara com Toninho Ferreira. E eu até perguntei se vocês queriam que o prefeito viesse conversar com vocês. Se houvesse o entendimento, o governo estadual havia garantido que daria todo o apoio. Mas fui surpreendido, quando me ligaram às 6 horas da manha, dizendo que havia tropa de choque e helicópteros. Fui ao Palácio. Ele me atendeu às 08:00 quando ele me falou que tudo seria realizado com muito jeito e respeito. Me disse que ficasse tranquilo. Na próxima semana, da tribuna do senado, eu farei uma síntese e vou pedir satisfação de todas as autoridades. E eu quero que a senhora juíza me receba para eu perguntar a ela que responsabilidade ela tem em realizar esse massacre social. E ao Juiz Betthowen por que ele revogou o que havia acordado? Eu acreditei de boa fé nele. Quero lhes dizer mais vou levar este caso para o Senado para que tudo seja apurado. A minha solidariedade a todos vocês”.

Carlinhos Almeida, deputado federal: “O Pinheirinho é uma ocupação de 8 anos que começou pequena. A prefeitura deixou o bairro crescer, pessoas fizeram investimentos das suas economias. O Governo federal fez proposta para evitar reintegração de posse, para tentar pacificar. Infelizmente o acordo de aguardar mais 15 dias para a reintegração não foi cumprido. Agora vamos cobrar as responsabilidades”.

Enio Tatto, deputado estadual e líder da bancada petista na Alesp: “Nós, que acompanhamos pelo noticiário, não tinhamos dimensão da gravidade. O que aconteceu aqui foi muito pior do que imaginávamos. Foi uma total falta de respeito com os direitos humanos. Tiraram as pessoas de suas casas, estavam dormindo. Havia um acordo envolvendo governo federal, estadual e judiciário. A policia foi enviada pelo governo tucano para agir com violência e truculência. Vamos fazer um apanhado na Audiência Pública na quarta, dia 1, na Alesp, e vamos fazer denúncias para que quem autorizou essa ação seja responsabilizado. Também vamos fazer uma campanha para denuncia r a falta de vontade do governo tucano investir em habitação”.
Simão Pedro, deputado estadual: “Eu nunca tinha visto um caso tão grave, tão violento. Mostra a insensibilidade do governo tucano e do Tribunal de Justiça com o povo mais pobre. Não podemos concordar com esse pensamento de que a propriedade privada deve ser garantida acima de tudo, mesmo que essa propriedade tenha sido adquirida de formas ilícitas, esteja em debito com governo federal e estadual”.

ATO E AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALESP
A Bancada do PT na Alesp chamou uma Audiência Pública para a próxima quarta-feira, dia 1 de fevereiro, 14 horas, no auditório Franco Montoro.
No dia 2, quinta-feira, haverá um ato em solidariedade ao povo do Pinheirinho, no centro de São José dos Campos. O ato começa 9h na Praça Afonso Viana.
Por ICecilia Mantovan, Portal Linha Direta
Terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Secretaria de Organização alerta sobre prazo para processamento de Opção Setorial


Sexta-feira (3) é a data final para envio das cópias das listas de opções setoriais.

No domingo (29) foi encerrado o prazo para os filiados efetuarem sua Opção Setorial através da página eletrônica Comunidade PT, ou junto aos diretórios zonais ou municipais, às Secretarias Estaduais de Organização, às Secretarias Estaduais de Movimentos Populares, às Secretarias Setoriais Estaduais e aos Setoriais Estaduais.
Os filiados que quiserem optar pela Secretaria Nacional de Combate ao Racismo, podem fazê-lo pela comunidade PT, ou junto a Direção do Partido no seu estado, até o dia 13 fevereiro.
A Secretaria Nacional de Organização do PT lembra que na sexta-feira, 03 de Fevereiro, termina o prazo para esses órgãos encaminharem, via Sedex ou email, cópias das listas de opções setoriais devidamente assinadas pelos filiados para o Diretório Nacional.
As cópias deverão ser encaminhadas para a sede do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores em São Paulo no endereço: Rua Silveira Martins, 132, -Centro- São Paulo-SP/ CEP: 01019-000 ou via email (listas “escaneadas”) no sorg@pt.org.br

FST 2012: Assembleia dos Movimentos Sociais convoca marcha global

Cerca de 1,5 mil pessoas de 30 países participaram da plenária dispostas a enfrentar dois dos grandes desafios impostos à esquerda mundial.

Em 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente, os movimentos sociais de todo o mundo vão ocupar as ruas em uma grande jornada de mobilização global contra o capitalismo e em defesa da justiça ambiental e social. A agenda foi aprovada neste sábado (28), na Assembleia dos Movimentos Sociais, realizada durante o Fórum Social Temático, em Porto Alegre.
A jornada terá o propósito de demarcar a posição dos movimentos sobre as questões ambientais e sociais que serão discutidas, 15 dias depois, na Rio + 20, pelos chefes de estado dos 192 países que participam da Organização das Nações Unidas (ONU).
“A tentativa de esverdeamento do capitalismo, acompanhada pela imposição de novos instrumentos da ‘economia verde’, é um alerta para que nós, dos movimentos sociais, reforcemos a resistência e assumamos o protagonismo na construção de verdadeiras alternativas à crise”, dizem as entidades, no documento que aprovaram no encontro.
Cerca de 1,5 mil pessoas de 30 países participaram da plenária dispostas a enfrentar dois dos grandes desafios impostos, hoje, à esquerda mundial: construir uma pauta unificada de lutas e mobilizar as populações para garantir a imposição de derrotas reais ao capital.
O primeiro, foi cumprido. Apesar das diversas propostas, os movimentos conseguiram definir eixos comuns para a luta. O segundo desafio dependerá da capacidade de mobilização em cada país.
“Temos que ser mais criativos para envolver as massas. Sem isso, não teremos força para derrotar o capitalismo nesta crise que assola os povos do mundo”, provocou um dos coordenadores da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, na abertura da plenária.
De acordo com ele, o mundo vivencia a mais grave e longa crise econômica da história, o poder decisório se desvinculou do poder político para se concentrar nas mãos do capital e a burguesia continua controlando os meios de comunicação, utilizando-os para manipular os trabalhadores, cada vez mais desmobilizados. “As massas de trabalhadores estão apáticas. E esse é um problema nosso, que temos que enfrentar”, afirmou.
Nos discursos dos representantes das entidades nacionais e internacionais, ficou evidenciado o quanto a unificação da agenda e a priorização dos eixos defendidos não é uma tarefa fácil.
O sindicalista cubano José Miguel, representante da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), ressaltou a necessidade de construção de alternativas e propostas dos movimentos sociais para a Cúpula dos Povos, a conferência que os movimentos sociais realizarão paralela à Rio + 20.
O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores da Argentina (CTA), Carlos Chile Huerta, citou o processo de recessão mundial para ressaltar a importância da rearticulação do campo popular para reposicionar o poder político no continente nas mãos dos trabalhadores.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, criticou a distribuição do orçamento federal. “Temos que acabar com crime de destinar quase 50% do orçamento do governo para o pagamento da dívida pública. Queremos 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para a Educação”, afirmou.
Representando a Organização Infanto-Juvenil Sementes da Pátria, da Venezuela, o estudante Luiz Ramirez defendeu prioridade para a luta contra o imperialismo norte-americano. “A América Latina, em especial, vive um momento muito rico, com governos de esquerda, e precisa articular ações de mobilização para avançar rumo ao socialismo.”
Membro da Coordenação Internacional do Comitê Internacional Palestina Livre e líder de uma organização de boicote a Israel, Jamal Juma pediu apoio prioritário à luta histórica pela soberania do país, há 63 anos ocupado por tropas israelenses. Segundo ele, haverá uma grande mobilização mundial em 29 de novembro pela causa palestina.
O argentino Manoel Bertoldi, da Frente Popular Dario Santilhan, lembrou da importância da luta internacionalista e cobrou apoio à luta do povo hondurenho pelos direitos humanos.
Pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, o cacique Uilton Tuxá cobrou o reconhecimento das etnias como povos originários. “Não queremos ser tratados nem como selvagens e nem como mestiços”, afirmou.
Representando a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, Maria Valéria Costa Correa retomou a defesa dos princípios da reforma sanitária, que propõe saúde pública e universal. “Precisamos defender o maior sistema público de saúde do mundo, que é o brasileiro”, disse ela.
O líder sindical tunisiano Alaa Talbi dividiu com os presentes a experiência que vivenciou durante a Primavera Árabe e destacou a importância da democratização dos demais países árabes, com o fim da corrupção, a garantia de emprego e direitos sociais e emancipação da mulher.
Representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Bertotti explicou que o documento final lista bandeiras comuns aos movimentos, como a defesa do desenvolvimento sustentável e solidário, da reforma agrária, da agricultura familiar, do trabalho decente, da luta pela educação e pela saúde.
“Rejeitamos a forma como o capitalismo se reinventa na proposta de uma economia verde. Entendemos que, para mudar a realidade, não é só pintar de verde, é garantir direitos, liberdade de organização, democracia, proteção social”, disse.
Leia abaixo a Declaração da Assembléia dos Movimentos Sociais:
Declaração da Assembléia dos Movimentos Sociais
Porto Alegre (RS), Brasil
Nós, povos de todos os continentes, reunidos na Assembleia de Movimentos Sociais realizada durante o Fórum Social Temático Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental, lutamos contra as causas de uma crise sistêmica, que se expressa em uma crise econômica, financeira, política, alimentar e ambiental, colocando em risco a própria sobrevivência da humanidade. A descolonização dos povos oprimidos e o enfrentamento ao imperialismo é o principal desafio dos movimentos sociais de todo o mundo.
Neste espaço, nos reunimos desde nossa diversidade para construir juntos agendas e ações comuns contra o capitalismo, o patriarcado, o racismo e todo tipo de discriminação e exploração. Por isso reafirmamos nossos eixos comuns de luta, adotados em nossa assembléia em Dakar, em 2011:
  Luta contra as transnacionais
  Luta pela justiça climática e pela soberania alimentar
  Luta para banir a violência contra a mulher
  Luta pela paz e contra a guerra, o colonialismo, as ocupações e a militarização de nossos territórios
Os povos de todo o mundo sofrem hoje os efeitos do agravamento de uma profunda crise do capitalismo, na qual seus agentes (bancos, transnacionais, conglomerados midiáticos, instituições internacionais e governos servis) buscam potencializar seus lucros às custas de uma política intervencionista e neocolonialista. Guerras, ocupações militares, tratados neoliberais de livre comércio e “medidas de austeridade” expressas em pacotes econômicos que privatizam estatais, arrocham salários, reduzem direitos, multiplicam o desemprego e assaltam os recursos naturais. Tais políticas atingem com intensidade os países mais ricos do Norte, aumentam as migrações, os deslocamentos forçados, os despejos, o endividamento e as desigualdades sociais.
A lógica excludente deste modelo serve tão somente para enriquecer uma pequena elite, tanto nos países do Norte como nos do Sul, em detrimento da grande maioria da população. A defesa da soberania e da autodeterminação dos povos e da justiça social, econômica, ambiental e de gênero são a chave para o enfrentamento e a superação da crise, fortalecendo o protagonismo de um Estado livre das corporações e a serviço dos povos.

O aquecimento global é resultado do sistema capitalista de produção, distribuição e consumo. As transnacionais, as instituições financeiras, os governos e organismos internacionais a seu serviço não querem reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Agora, tentam nos impor a “economia verde” como solução para a crise ambiental e alimentar o que, além de agravar o problema, resulta na mercantilização, privatização e financeirização da vida. Rejeitamos todas as falsas “soluções” para essas crises, como agrocombustíveis, transgênicos, geoengenharia e mercados de carbono, que são apenas novos disfarces do sistema.
A realização da Rio+20, no mês de junho no Rio de Janeiro, passados 20 anos da ECO 92, reforça a centralidade da luta por justiça ambiental em oposição ao modelo de desenvolvimento capitalista. A tentativa de esverdeamento do capitalismo, acompanhada pela imposição de novos instrumentos da “economia verde”, é um alerta para que os movimentos sociais reforcemos a resistência e assumamos o protagonismo na construção de verdadeiras alternativas à crise.
Denunciamos a violência contra a mulher, exercida regularmente como ferramenta de controle de suas vidas e de seus corpos, e o aumento da superexploração de seu trabalho, utilizado para amortecer os impactos da crise e manter a margem de lucros constantes das empresas. Lutamos contra o tráfico de mulheres e de crianças e o preconceito racial. Defendemos a diversidade sexual, o direito à autodeterminação de gênero e lutamos contra a homofobia e a violência sexista.
As potências imperialistas utilizam bases militares estrangeiras para fomentar conflitos, controlar e saquear os recursos naturais, e promover ditaduras em vários países. Denunciamos o falso discurso de defesa dos direitos humanos que muitas vezes justifica as ocupações militares. Manifestamos-nos contra a persistente violação dos direitos humanos e democráticos em Honduras, especialmente en el Bajo Aguan, o assassinato de sindicalistas e lutadores sociais em Colômbia e o criminoso bloqueio a Cuba – que completa 50 anos. Lutamos pela libertação dos cinco cubanos presos ilegalmente nos Estados Unidos, a ocupação ilegal das Ilhas Malvinas pela Inglaterra, as torturas e as ocupações militares promovidas pelos Estados Unidos e pela OTAN na Líbia e no Afeganistão. Denunciamos o processo de neocolonização e militarização que vive o continente africano e a presença da Africom. Nossa luta também é pela eliminação de todas as armas nucleares e contra a OTAN.
Expressamos nossa solidariedade com as lutas dos povos do mundo contra a lógica depredadora e neocolonial das indústrias extrativas e mineiras transnacionais, em particular, com a luta do povo de Famatina, na Argentina, e denunciamos a criminalização dos movimentos sociais.
O capitalismo destrói a vida das pessoas. Porém, a cada dia, nascem múltiplas lutas pela justiça social para eliminar os efeitos deixados pelo colonialismo e para que todos e todas tenhamos qualidade de vida digna. Cada uma destas lutas implica uma batalha de ideias o que torna imprescindíveis ações pela democratização dos meios de comunicação, hoje controlados por grandes conglomerados, e contra o controle privado da propriedade intelectual. Ao mesmo tempo, exige o desenvolvimento de uma comunicação independente, que acompanhe estrategicamente nossos processos.
Comprometidos com nossas lutas históricas, defendemos o trabalho decente e a reforma agrária como único caminho para dar impulso à agricultura familiar, camponesa e indígena e passo central para alcançar a soberania alimentar e a justiça ambiental. Reafirmamos nosso compromisso com a luta pela reforma urbana como instrumento fundamental na construção de cidades justas e com espaços participativos e democráticos. Defendemos a construção de outra integração, fundamentada na lógica da solidariedade e o fortalecimento de processos como a UNASUL e a ALBA.
A luta pelo fortalecimento da educação, da ciência e da tecnologia públicas a serviço dos povos, assim como a defesa dos saberes tradicionais se tornam inadiáveis, uma vez que persiste sua mercantilização e privatização. Diante disso, manifestamos nossa solidariedade e apoio aos estudantes chilenos, colombianos, porto-riquenhos e de todo o mundo que continuam em marcha na defesa de esses bens comuns.
Afirmamos que os povos não devem continuar a pagar por esta crise sistêmica e que não há saída dentro do sistema capitalista!
Encontram-se na agenda grandes desafios, que exigem que articulemos nossas lutas e que nos mobilizemos massivamente.
Inspirados na história de nossas lutas e na força renovadora de movimentos como a Primavera Árabe, o Ocuppy Wall Street, os “indignados” e na luta dos estudantes chilenos, a Assembleia dos Movimentos Sociais convoca as forças e atores populares de todos os países a desenvolver ações de mobilização, coordenadas em nível mundial, para contribuir com a emancipação e a autodeterminação de nossos povos, reforçando a luta contra o capitalismo.
Convocamos todos e todas a fortalecer o Encontro Internacional de Direitos Humanos em solidaridade com Honduras e a construir o Fórum Social Palestina Livre, reforçando o movimento global de boicote, desinvestimentos e sanções contra o Estado de Israel e sua política de apartheid contra o povo palestino.
Tomemos as ruas a partir do dia 5 de junho, numa grande jornada de mobilização global contra o capitalismo. Convocamos a impulsionar a Cúpula dos Povos por justiça social e ambiental, contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns frente à Rio+20.
Se o presente é de luta, o futuro é nosso!
Porto Alegre, 28 de janeiro de 2012
Assembleia dos Movimentos Sociais
(Com agências e Comunicação FPA)

Governo vai criar 4 novas universidade federais

Até 2014, o governo vai criar quatro novas universidades federais e 47 campus universitários, o que vai facilitar o acesso dos estudantes ao ensino superior, informou a presidenta Dilma Rousseff na coluna Conversa com a Presidenta publicada hoje (31). Ao estudante de Uberlândia (MG) Sandro Gonçalo Alcondo, ela lembrou que 14 universidades e 120 campus foram criados no governo do ex-presidente Lula.
“Esta expansão permitiu ampliar as vagas de ingresso de 139 mil, em 2007, para 243 mil, agora, em 2012”, disse a presidenta, lembrando que, por meio do SISU, o governo também aumentou as chances de ingresso em 95 universidades públicas.
Para viabilizar os estudos em universidades particulares, acrescentou a presidenta, os estudantes contam com o Programa Universidade para Todos (Prouni), que já concedeu mais de um milhão de bolsas de estudo, e o Financiamento Estudantil (Fies), com taxa de juros de 3,4% ao ano.
A presidenta Dilma também respondeu à corretora de imóveis Eliane Nunes, de João Pessoa (PB), sobre a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que já recebeu 2,3 milhões de denúncias. Desde 2006, quando a Lei Maria da Penha começou a ser aplicada, 332 mil processos foram abertos e 110 mil agressores, sentenciados. Segundo a presidenta, a Lei Maria da Penha é uma das mais eficientes e severas de todo o mundo.
“Esta lei encoraja as denúncias, garante a integridade física das mulheres e está ajudando a promover uma mudança de cultura no relacionamento entre homens e mulheres.”
Dilma Rousseff também esclareceu à agente de endemias de Itapetinga (BA) Lenira Santos que o Ministério da Saúde, por meio Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti, identifica as áreas onde as larvas do mosquito transmissor da dengue estão mais presentes. Ao determinar os locais de maior incidência, o LIRAa permite às prefeituras e à população a adoção de medidas para prevenir a doença. Outra ação, lançada em 2011 pelo Ministério da Saúde, é o repasse de recursos adicionais para o aprimoramento das medidas de prevenção e controle da dengue. Segundo a presidenta, estados e municípios recebem R$ 1 bilhão por ano para as ações de combate à dengue.
“Esse novo incentivo aumenta em 20% esse repasse para os 1.159 municípios prioritários. Ao receber esses recursos adicionais, eles devem assegurar, entre outras ações, que terão a quantidade adequada de agentes de controle de endemias e realizarão as visitas domiciliares recomendadas. Cabe aos municípios definir como serão utilizados os recursos desse adicional, incluindo a fixação dos salários dos agentes.”

Justiça condena Alkmin por racismo


O governo paulista foi condenado por disseminar o medo e a discriminação racial dentro de sala de aula. A decisão é do Tribunal de Justiça que deu uma “dura” no poder público e condenou o Estado a pagar indenização de R$ 54 mil a uma família negra. De acordo com a corte de Justiça, a escola deve ser um ambiente de pluralidade e não de intolerância racial.
O Estado quedou-se calado e não recorreu da decisão como é comum em processos sobre dano moral. O juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública, a quem cabe efetivar a decisão judicial e garantir o pagamento da indenização, deu prazo até 5 de abril para que o Estado dê início à execução da sentença.

domingo, janeiro 29, 2012

PT convoca militância para comemorar 32 anos de história




Diretório Nacional realiza ato no dia 10 de fevereiro, em Brasília, com a presença de lideranças políticas, sindicais e dos movimentos sociais.

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores realiza no dia 10 de fevereiro, em Brasília, ato comemorativo dos seus 32 anos de fundação. A festividade ocorrerá durante o encerramento do Encontro Nacional de Prefeitos/as e Deputados/as Estaduais do PT. O evento, que será realizado no Centro de Eventos Brasil 21 (Plano Piloto), contará com a participação de dirigentes, militantes, ministros, parlamentares, prefeitos, lideranças sindicais e populares, além de representantes dos movimentos sociais e de partidos aliados.
Veja aqui o convite oficial
Convite Oficial
Na comemoração do 32º aniversário de fundação, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reafirma a posição do PT na defesa intransigente do povo brasileiro.
“Nestes 32 anos, o PT ajudou o Brasil a passar por grandes transformações, desde a luta pelo fim da ditadura, passando pelas Diretas Já, e contribuindo para a organização dos trabalhadores através da criação e construção da CUT. Depois, com a eleição de Lula e de Dilma, que fizeram com que o Brasil entrasse em um novo ciclo de transformação social e econômica. Podemos destacar os programas sociais que tiraram milhões de famílias da miséria, a geração de emprego e renda e a nova política para o salário mínimo, entre tantos avanços que ajudam o Brasil a ser hoje reconhecido e respeitado no cenário internacional”.
Rui Falcão também conclama os petistas a comemorarem a data com mobilização e alegria. “Por tudo isso, é importante celebrar essa história de 32 anos de lutas. Conclamamos toda a militância a realizar atos pelo país inteiro e os nossos parlamentares a usarem as tribunas para fazerem pronunciamentos em homenagem ao Partido, mobilizando assim a sociedade brasileira para que esse processo de transformação tenha continuidade na vida social e política do nosso País”, enfatiza o presidente do PT.
Durante as comemorações dos 32 anos de história, o PT também irá comemorar o Centenário de Apolônio de Carvalho, ativista histórico que assinou a primeira ficha de filiação ao Partido em 1980.(Matéria atualizada às 17 horas de 24/01/2012

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Lula - A semente de esperança do povo brasileiro..


No Forum Social, presidenta Dilma afirma que Rio + 20 vai discutir novo modelo de desenvolvimento

No ato público do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, presidenta Dilma discursa em defesa de um novo modelo de desenvolvimento. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
No ato público que reuniu governo e Forum Social Mundial, a presidenta Dilma Rousseff fez um discurso em defesa de um novo modelo de desenvolvimento. O palco dessa discussão, segundo ela, será a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, que será realizada em junho, no Brasil. No ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, Dilma Rousseff ressaltou que, num momento de crise e de incertezas, a Rio + 20 ganha significado especial.
“A Rio + 20 deve ser um momento importante de um processo de renovação de ideias. A Rio + 20 vai enfrentar uma questão mais ampla e decisiva. Um novo modelo de desenvolvimento nas suas dimensões econômica, social e ambiental. O que estará em debate é um modelo de desenvolvimento capaz de articular o crescimento e a geração de emprego, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades, a participação social e a ampliação de direitos, educação e inovação tecnológica, o uso sustentável e a preservação dos recursos ambientais”, disse a presidenta.
Ela alertou para as “nefastas” consequências sociais e ambientais das medidas fiscais regressivas que os países desenvolvidos têm buscado para enfrentar a crise financeira internacional. O desemprego, a xenofobia, o autoritarismo e a paralisia do enfrentamento do aquecimento global, segundo a presidenta, são perigosas ameaças. Por outro lado, lembrou, os países da América Latina foram capazes de construir “respostas progressivas e democráticas aos desequilíbrios internacionais”.
“O Brasil hoje é um outro país. Ninguém, nenhum grupo pode nos tirar isso. Nós somos hoje um país mais forte, mais desenvolvido e mais respeitado. Um país que convive harmonicamente com seus vizinhos da América do Sul, da América Latina e do Caribe, e quer construir com eles um polo de desenvolvimento e democracia no mundo.”
Dilma Rousseff defendeu a participação social nas discussões sobre desenvolvimento sustentável que terão lugar na Rio + 20. Segundo ela, é possível crescer, incluir, proteger e conservar. Desenvolvimento sustentável, explicou, significa o aprofundamento dos mecanismos de participação social e o fortalecimento da nossa democracia, e uma inserção soberana e competitiva no mundo. 
Font: Blog do Planalto

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Cidadãos brasileiros já opinam em 92% dos programas federais, revela estudo do Ipea

Cresceu nos últimos anos a interação dos brasileiros com programas federais, segundo dados do Comunicado nº 132 , divulgado nesta quarta-feira (25), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o estudo, 92,1% dos programas do governo federal têm a participação de cidadãos, grupos sociais ou atores privados em sua formulação, implementação e monitoramento. Em 2002 esse percentual era de 81%.
A pesquisa “Participação social como método de governo: um mapeamento das ‘interfaces socioestatais’ nos programas federais”, analisou os canais de participação social nas políticas públicas, como conselhos, conferências, audiências, mesas de negociação, consultas públicas e ouvidorias.
Em relação aos órgãos federais, segundo o levantamento, em 2002 apenas 60,4% tinham meios de interlocução com os cidadãos enquanto em 2010 esse percentual saltou para 89,3%.
O levantamento tem o objetivo de mapear a evolução da participação social nos programas. Os programas e órgãos analisados fazem parte dos Planos Plurianuais 2004-2007 e 2008-2011.
Os instrumentos de interação apontados foram ouvidorias, reuniões com grupos de interesse (como as mesas de diálogo e outras experiências mais pontuais), audiências públicas, consultas públicas, conselhos, conferências, comitês diversos, sites, ações de transparência e atendimento ao cidadão, entre outros.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Ofensiva contra a obesidade

O Ministério da Saúde programou para março –do dia 5 ao dia 9—uma ofensiva contra a obesidade de crianças e adolescentes. Prevê-se que agentes de saúde visitarão 50 mil escolas públicas assentadas em 2.200 municípios. Estima-se que serão examinados cerca de 11 milhões de alunos com idade entre 5 a 19 anos.
Dilma Rousseff tratou do tema no seu programa radiofônico da última segunda (23). Aqui, o áudio. “Queremos envolver também os pais para debater um problema que já afeta 1/5 da população infantile”, disse. “Reduzindo a obesidade infantil, nós vamos prevenir outras doenças que podem ocorrer no futuro, como a hipertensão e a diabetes”.
A última Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE (2008/2009) expôs o tamanho do flagelo: uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos exibem peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
O Ministério da Saúde reservou no final do ano passado um pedaço do seu orçamento de 2012 para o programa Saúde na Escola. Vai despejar R$ 108 milhões em 2.271 municípios que aderiram à iniciativa –70% das verbas serão liberadas agora, 30% em dezembro, após a prestação de contas da primeira parcela. Resta saber quanto será efetivamente aplicado e quanto vai engordar os escândalos que costumam tisnar os convênios de Brasília com as prefeituras.
(Fonte: Folha SP)

segunda-feira, janeiro 23, 2012

PT comemora 32 anos de luta em defesa do povo brasileiro


Ato comemorativo será no dia 10 de fevereiro, no encerramento do Encontro Nacional de Prefeitos/as e Deputados/as Estaduais.


O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores realiza no dia 10 de fevereiro, em Brasília, ato comemorativo dos seus 32 anos de fundação. A festividade ocorrerá durante o encerramento do Encontro Nacional de Prefeitos/as e Deputados/as Estaduais do PT. O evento, que será realizado no Centro de Eventos Brasil 21 (Plano Piloto), contará com a participação de dirigentes, militantes, ministros, parlamentares, prefeitos, lideranças sindicais e populares, além de representantes dos movimentos sociais e de partidos aliados.
Na comemoração do 32º aniversário de fundação, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reafirma a posição do PT na defesa intransigente do povo brasileiro.
“Nestes 32 anos, o PT ajudou o Brasil a passar por grandes transformações, desde a luta pelo fim da ditadura, passando pelas Diretas Já, e contribuindo para a organização dos trabalhadores através da criação e construção da CUT. Depois, com a eleição de Lula e de Dilma, que fizeram com que o Brasil entrasse em um novo ciclo de transformação social e econômica. Podemos destacar os programas sociais que tiraram milhões de famílias da miséria, a geração de emprego e renda e a nova política para o salário mínimo, entre tantos avanços que ajudam o Brasil a ser hoje reconhecido e respeitado no cenário internacional”.
Rui Falcão também conclama os petistas a comemorarem a data com mobilização e alegria. “Por tudo isso, é importante celebrar essa história de 32 anos de lutas. Conclamamos toda a militância a realizar atos pelo país inteiro e os nossos parlamentares a usarem as tribunas para fazerem pronunciamentos em homenagem ao Partido, mobilizando assim a sociedade brasileira para que esse processo de transformação tenha continuidade na vida social e política do nosso País”, enfatiza o presidente do PT.
Durante as comemorações dos 32 anos de história, o PT também irá comemorar o Centenário de Apolônio de Carvalho, ativista histórico que assinou a primeira ficha de filiação ao Partido em 1980.
Fonte: www.pt.org.br

PT divulga nota em solidariedade aos ocupantes do Pinheirinho


Moradoras da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos (Foto: Roosevelt Cassio / Reuters)

Partido condena violência e atos lamentáveis praticados pela prefeitura de São José dos Campos, Governo de São Paulto e Tribunal de Justiça.


NOTA DO PT EM SOLIDARIDADE AOS OCUPANTES DO PINHEIRINHO
O PT acompanhou chocado, como toda a Nação, o desfecho violento e inesperado das negociações sobre a posse e urbanização de uma área ocupada por mais de mil famílias, há mais de 8 anos, no bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, SP.
A mega-operação de reintegração de posse que envolveu a Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Guarda Municipal de São José dos Campos frustrou os esforços para uma saída pacífica para o conflito social, com base em proposta de políticas públicas para a regularização, urbanização e construção de moradias populares na região envolvendo os três níveis de governo – federal, estadual e municipal.
De propriedade de um mega-especulador de passado amplamente conhecido, o Sr. Nagi Nahas, abandonada e sem o pagamento regular de seus impostos, envolta em chicanas jurídicas de falência da empresa de seu proprietário, o terreno poderia ser objeto, conforme proposta formal do Governo Federal, de uma ação conjunta dos vários entes federados para dar-lhe destino social, integrar as famílias ocupantes à cidadania plena e equacionar um problema crônico de moradia popular em importante pólo regional do Vale do Paraíba paulista.
No entanto, quando se imaginava que o caminho das negociações estava efetivamente aberto, a Prefeitura de São José dos Campos rompeu unilateralmente as negociações, e, de forma dissimulada e inesperada, sem comunicação prévia, passa a operar pela reintegração de posse junto à Justiça Estadual e o Governo do Estado. O que choca é que o mínimo de civilidade e credibilidade se espera na relação administrativa entre entes da Federação. A dissimulação e a mentira são posturas inaceitáveis em relações políticas e administrativas, e essas foram marcas do comportamento da Prefeitura de São José dos Campos neste processo.
A Prefeitura de São José dos Campos, o Governo do Estado de São Paulo e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo devem responder pelas conseqüências de seus atos nesta situação lamentável que expôs vidas humanas a risco desnecessário, tanto das famílias ocupantes quanto da população do entorno da ocupação e de outros bairros da cidade para onde a violência se estendeu.
O PT manifesta sua solidariedade ao movimento popular de São José dos Campos, aos moradores atingidos pela violência do Estado nesta reintegração de posse e aos membros do Governo Federal e parlamentares presentes facilitando em todos os momentos a negociação por uma saída pacífica e construtiva para o conflito.
O PT cumprimenta o Governo Federal pelos seus esforços de diálogo e por sua responsabilidade em todo o processo do Pinheirinho, e condena fortemente a intransigência e a insensibilidade social dos governos tucanos de São José dos Campos e do Estado de São Paulo, instando a todos pela retomada das negociações que permitam reparar o sofrimento causado desnecessariamente a famílias pobres e sem-teto.
São Paulo, 23 de Janeiro de 2012
Rui Falcão
Presidente Nacional do PT
Renato Simões
Secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT
Assista o vídeo com a declaração do Presidente Nacional do PT, Rui Falcão

Dilma quer duas edições do Enem em 2013

"Nós avaliamos que melhoramos e vamos melhorá-lo ainda mais e fazer depois, no ano que vem, duas edições. Isso, em concordância com o ministro e por sugestão do ministro", disse a presidenta Dilma, em referência a Fernando Haddad, que deixou o cargo nesta terça-feira (24) para concorrer à Prefeitura de São Paulo.

Solidariedade ao desabrigados de Pinheirinho

É hora de punir os corruptores, por Carlos Zarattini


Por trás dos escândalos, há sempre contratos milionários, mas pouco se fala das empresas corruptoras; é preciso foco especial no sistema financeiro.

O ano de 2012 começa com o Congresso Nacional diante do desafio histórico de estabelecer um marco legal para a vigência dos valores éticos nas relações entre o público e o privado no país.
Trata-se da apreciação do projeto de lei 6826/2010, encaminhado ao Congresso pelo ex-presidente Lula, para contornar a falta de uma legislação que responsabilize pessoas jurídicas em atos contra a administração pública nacional e estrangeira, em especial pelos atos relacionados à corrupção.
No noticiário, dificilmente se fala do papel das empresas corruptoras nas tramas que solapam os cofres públicos. Não há corrupção sem corruptor e, por trás de todos os escândalos, normalmente há disputas milionárias por contratos.
Há uma tendência de resumir todos os males ao setor público e aos políticos, mas a verdade é que segmentos da iniciativa privada estão ligados aos recorrentes escândalos e ao superfaturamento. Isso não acontece só no Brasil, mas também em democracias já consolidadas.
Empresas que usam artifícios que não são republicanos para obter favores arruínam os princípios morais, semeiam maus exemplos e impregnam a sociedade do sentimento de que se pode levar vantagem em tudo.
O projeto de lei dispõe sobre a responsabilidade administrativa e civil de pessoas jurídicas e dá mais um passo nas ações de combate à corrupção que estão sendo adotadas desde 2003.
Ele é mais rigoroso e abrangente que a Lei de Licitações e inclui, por exemplo, punições a atos de corrupção relacionados ao âmbito tributário, ao sistema bancário público e às agências reguladoras.
Cumpriremos obrigações assumidas perante órgãos como a ONU, a OEA e a OCDE. O projeto de lei prevê multas e sanções administrativas, como a proibição de contratos com o setor público.
Uma comissão especial na Câmara da qual sou relator tem realizado audiências públicas para ouvir empresários, juristas e órgãos de controle. Vamos colocar o Brasil no rol dos países que já contam com uma legislação que responsabiliza pessoas jurídicas por atos de corrupção, como os EUA (1977), a Espanha (1995) e mais recentemente o Reino Unido (2010).
O projeto prevê também a responsabilização objetiva das empresas, afastando a discussão sobre a culpa ou dolo da pessoa física na prática da infração.
Retira-se também a necessidade de identificação da autoria da conduta, com as dificuldades inerentes de comprovação dos elementos subjetivos envolvidos na caracterização do ilícito. Impõe-se a responsabilização da pessoa jurídica, uma vez comprovado o fato, o resultado e o nexo causal entre eles. Isso não significa, porém, eliminar eventual responsabilização da pessoa física em processo apartado.
Defendemos ênfase na responsabilização administrativa e civil porque a realidade mostra que esses processos têm se revelado muito mais rápidos e efetivos no combate à corrupção.
É preciso também um foco especial no sistema financeiro, com punições para as omissões de funcionários públicos que fiscalizam o setor e também para a ação de inescrupulosos operadores.
Na crise de 2008, nos Estados Unidos, foi possível observar que operadores do sistema financeiro estiveram na gênese dos problemas e, a despeito da existência de lei, não foram punidos.
Mas, para a transformação do projeto em lei, vencendo as naturais resistências, será fundamental a participação da sociedade e sua manifestação favorável a essa histórica medida.
Carlos Zarattini é economista com especialização em engenharia de transportes, é deputado federal (PT-SP).
(Texto publicado originalmente na coluna Tendências/Debates do jornal Folha de S. Paulo, edição de 22/01/2012)

Governo está trabalhando para levar internet banda larga a todos os municípios, diz presidenta

O governo federal está trabalhando a todo vapor para levar internet em banda larga a todos os municípios até 2014, informou a presidenta Dilma Rousseff na coluna Conversa com a Presidenta, publicada hoje (20). Segundo ela, a meta é elevar para 60% o total de casas com acesso rápido à rede mundial de computadores. Hoje, apenas 27% dos domicílios têm internet.

“Com o Programa Nacional de Banda Larga e a participação da Telebras, vamos levar as conexões de internet para áreas mais afastadas, para as cidades do interior do Brasil, incluindo a Amazônia, onde as empresas de telefonia ainda não oferecem o serviço”, disse a presidenta ao agricultor Erno Walter Schmidt, de Navegantes (SC).
Ela explicou ainda que o governo já reduziu à metade o preço médio das assinaturas, que antes era de R$ 70 e agora está em R$ 35, para uma velocidade de um megabit por segundo. Além disso, a Anatel fará um novo leilão para permitir que todas as áreas rurais do Brasil contem com serviços de telefonia e conexão à internet.
A presidenta Dilma também esclareceu ao agente educacional Gilberto Ribas da Silva, morador de Marechal Cândido Rondon (PR), que, para obter financiamento da casa própria na Caixa Econômica, o cliente não precisa comprar seguros, adquirir cartão de crédito, fazer investimentos ou abrir caderneta de poupança. Caso essa orientação seja descumprida, o fato deve ser comunicado ao Serviço de Atendimento ao Cliente pelo telefone 0800 726 0101, que funciona 24 horas por dia, de segunda-feira a domingo. Se o caso não for resolvido, o caso deve ser levado à Ouvidoria da Caixa, no telefone 0800 725 7474.
“Embora a Caixa tenha todo interesse em vender seus produtos e serviços, a decisão de comprar é sempre uma opção do cliente”, explicou a presidenta.
Segundo ela, a Caixa é e continuará sendo o principal instrumento do governo para viabilizar o acesso à moradia. Somente na segunda fase do Minha Casa Minha Vida, serão investidos R$ 125,7 bilhões, dos quais R$ 72,6 bilhões serão subsídios para viabilizar a aquisição da casa própria pelas famílias de mais baixa renda.
À dona de casa Rosangela Boueri, de São Paulo (SP), a presidenta Dilma falou sobre as ações do governo para garantir a segurança da população. Uma delas é o apoio à instalação das UPPs no Rio de Janeiro, que permitem a retomada de territórios antes dominados pelo tráfico. Além disso, disse a presidenta, o governo implantou o Plano Estratégico de Fronteiras, com as Forças Armadas e as forças de segurança federais e estaduais operando juntas para evitar que drogas e armas cheguem às nossas cidades. Outra importante medida é o lançamento do plano Crack, é possível vencer, com ações para garantir o atendimento dos dependentes e fortalecer a prevenção e combate ao tráfico.
“Nossas políticas voltadas para o crescimento e a geração de empregos, com aumentos reais dos salários, aliadas aos programas sociais, têm também um papel importante na segurança, ao garantir um país com mais justiça social. Quanto à educação, além da construção de seis mil creches e pré-escolas, continuamos implantando escolas técnicas e universidades no interior e criamos o Pronatec, para oferecer oportunidades de educação profissional e qualificação a oito milhões de jovens e trabalhadores brasileiros. Essas são algumas iniciativas para garantir que tenhamos um país mais seguro e com mais harmonia”, concluiu a presidenta.

Governo vai levar médicos e dentistas a 50 mil escolas, diz presidenta Dilma

O governo federal vai levar médicos, enfermeiros e dentistas das Unidades Básicas e Saúde a 50 mil escolas públicas localizadas em mais de dois mil municípios. No Café com a Presidenta transmitido hoje (23), Dilma Rousseff explicou que os profissionais vão avaliar as condições de saúde de 11 milhões de estudantes. As visitas serão feitas até a segunda semana de março, informou a presidenta.
“Queremos, nessa semana, envolver também os pais para debater um problema que já afeta 1/5 da população infantil – a obesidade. Reduzindo a obesidade infantil, nós vamos prevenir outras doenças que podem ocorrer no futuro, como a hipertensão e a diabetes”, disse a presidenta.
Ela anunciou ainda duas novidades no programa de vacinação infantil. A vacina pentavalente, que começa a ser aplicada em agosto, é a soma de duas vacinas que já existiam, a chamada tetravalente e a hepatite B. Com uma só injeção, a vacina pentavalente vai proteger agora a criança contra cinco doenças: o tétano, a difteria, a coqueluche, a hepatite B e um tipo de meningite grave. Segundo a presidenta, a combinação das vacinas é boa para a criança, que vai precisar tomar uma injeção a menos, mas também é um avanço no processo de vacinação. Já a vacina contra a pólio será injetável.
“Ela [vacina] é mais moderna e mais segura para os bebês nas duas primeiras doses. Os bebês vão continuar tomando as demais doses via oral. Nós vamos também continuar fazendo a campanha com o Zé Gotinha para manter a proteção de todas as crianças até cinco anos de idade. É bom lembrar que há 22 anos não registramos nenhum caso de paralisia infantil transmitido no país, mas a pólio ainda existe em 24 países. Como as pessoas viajam de lugar para outro e podem trazer o vírus, precisamos manter nossas crianças protegidas”, disse.

Dilma faz primeira reunião ministerial do ano nesta segunda-feira

Pela primeira vez no ano, a presidenta Dilma Rousseff coordena nesta segunda-feira (23), a partir das 17h, uma reunião ministerial com toda a sua equipe, no Palácio do Planalto. Em pauta, as prioridades do governo para 2012, como o esforço coletivo para estimular a economia, os programas sociais e os eventos internacionais relacionados com o país – a Conferência Rio+20, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
No fim de semana, Dilma reuniu parte dos ministros para discutir esses temas e transmitir algumas orientações. A reunião de hoje é a segunda promovida pela presidenta durante seu mandato. Em geral, ela prefere reuniões com pequenos grupos. Neste ano, Dilma inovou: fez reuniões setoriais nos últimos dias e nesta segunda-feira coordena uma com a equipe inteira.
No domingo (22), a presidenta conversou com pelo menos nove ministros, além do presidente da Autoridade Pública Olímpica, Márcio Fortes. Os temas da conversa foram a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Participaram da reunião nesse domingo os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Helena Chagas (Comunicação), Celso Amorim (Defesa), Aldo Rebelo (Esporte), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Gastão Vieira (Turismo), Míriam Belchior (Planejamento), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) Jorge Hage (Controladoria-Geral da União).
Na segunda etapa da conversa estiveram presentes os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Antonio Patriota (Relações Exteriores) e o assessor especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Anteriormente, no sábado (21), a discussão foi focada em economia e política internacional. Para a reunião, Dilma recebeu os ministros Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento), Gleisi Hoffmann, Celso Amorim, Antonio Patriota e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

sábado, janeiro 21, 2012

Haddad: 'Adversários vão tentar macular o Enem'

‘Por mais ataques pessoais que eu tenha recebido, não devolverei’, diz Haddad - Andre Dusek/AE
Andre Dusek/AE
"'Por mais ataques pessoais que eu tenha recebido, não devolverei', diz Haddad"

Haddad fala sobre a campanha para prefeitura de São Paulo

Ministro da Educação diz que disputa pela Prefeitura de São Paulo não será agressiva como a eleição de 2010 e afirma que prioridade de Gilberto Kassab é se unir ao PSDB de José Serra

Vera Rosa e Lisandra Paraguassu - Agência Estado - 21.01.12
 
BRASÍLIA - Às vésperas de deixar o Ministério da Educação, o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que fará uma campanha sem ataques, mas não deixou de dar estocadas nos tucanos. "Eu não vou oferecer a São Paulo o espetáculo de difamação promovido em 2010 pelo PSDB", disse, numa referência à disputa presidencial entre Dilma Rousseff e o ex-governador José Serra, marcada por insultos. "A campanha de 2010 deve nos servir de lição para afastar a deselegância e o mau gosto."

Dilma preparou uma solenidade de despedida para Haddad na segunda-feira, no Palácio no Planalto, quando será anunciada a concessão da milionésima bolsa do ProUni. Pesquisa interna em poder do PT indica que uma chapa formada por Haddad e o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PSD), seria imbatível, mas o ministro não parece empolgado com a aliança proposta pelo prefeito Gilberto Kassab.
Na quinta-feira, Haddad teve longa conversa com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que lançou a candidatura do deputado Gabriel Chalita. "Ele expressou a vontade de manter o PT e o PMDB unidos em torno de um projeto nacional", disse. O ministro desconversou sobre a decisão de Serra de não entrar no páreo e, ao abordar os problemas do Enem, insinuou que o PSDB tem como calcanhar de Aquiles as privatizações de empresas estatais.

O sr. nunca disputou uma eleição, é pouco conhecido entre eleitores de SP e tem só 4% das intenções de voto nas pesquisas. A fórmula da "cara nova" na política, que elegeu Dilma Rousseff, pode beneficiá-lo?

Reconheço a importância das pesquisas, mas quase um ano antes é preciso relativizar os números. A política tem de ser convidativa para as pessoas comuns, fugir dos estereótipos. Talvez essa eleição em São Paulo contribua para isso, porque todos os partidos planejam lançar candidatos novos.

O que o sr. fará para não parecer teleguiado pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma?

Essa mesma acusação se fez à presidenta Dilma. É mais um dogma que precisa ser quebrado. A colaboração que podemos dar é mostrar que as pessoas não devem se impressionar com esses rótulos. É um discurso conservador.

O secretário de Cultura, Andrea Matarazzo (PSDB), considerou "apavorante" sua ideia de reinventar São Paulo e foi irônico ao afirmar que nem pode imaginar o sr. usando na cidade a mesma técnica aplicada no Enem. Como o sr. responde a isso?

Graças ao Enem, nós vamos conceder, na segunda-feira, a milionésima bolsa a alunos da escola pública pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). Estamos promovendo a maior inclusão na educação superior da história do País. Eu não pretendo responder a agressões pessoais. A campanha de 2010 deve nos servir de lição para afastar a deselegância e o mau gosto.

O ex-governador José Serra, que protagonizou duros embates com a então candidata Dilma em 2010, anunciou estar fora da disputa. Isso é bom para o PT?

Essa é uma questão do PSDB. Não nos afeta.

Mas ele é considerado um candidato forte...

E tem uma dose forte de rejeição. De qualquer forma, não faço esse tipo de cálculo.

O sr. não teme ser conhecido como o candidato dos erros do Enem?

Pode ser que seja essa a linha dos nossos adversários. Há uma tentativa de desgastar um projeto que tem 80%, 90% de aprovação, como o Enem. Da mesma maneira que tentaram macular o Bolsa Família, o PAC, o ProUni, vão tentar macular o Enem. Agora, não há no mundo um exame nacional do ensino médio que não passe pelos problemas que enfrentamos aqui. As tentativas de fraude foram abortadas pela Polícia Federal. Na China houve problemas, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França.

O novo Enem está no 3º ano e em todos eles houve problemas. Não era possível prever falhas?
Mas nós vamos ficar falando só de Enem? Há quantos anos existe o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tem 2% do tamanho do Enem? A Polícia Federal apurou fraude em cinco edições.

O sr. não conseguiu conquistar aliados de peso até agora. O PMDB apresentou o deputado Gabriel Chalita como candidato, o PDT e o PC do B também têm concorrentes... Como reverter esse quadro de divisão na base?
Mas quem conseguiu apoio a essa altura? Está tudo muito no começo. Não vi nenhuma aliança ser fechada. Estão todos buscando entendimentos.

O sr. ainda gostaria de ter Gabriel Chalita como vice?
Eu não quero ser desrespeitoso com pretensões legítimas. São pessoas que têm projetos convergentes com os nossos. Se das conversas resultar uma aliança no primeiro turno, bem. Caso contrário, vamos buscar entendimento no segundo turno. Ontem (quinta-feira), por exemplo, tive uma conversa com o presidente Michel Temer sobre o quadro de São Paulo. Ele me disse que tem muito respeito por minha candidatura. É um homem sereno, maduro e expressou a vontade de manter o PT e o PMDB unidos em torno de um projeto nacional.

Sua ideia é fazer um pacto de não agressão com os partidos aliados do governo Dilma?
Não preciso fazer pacto com ninguém. Eu não vou oferecer a São Paulo o espetáculo de difamação promovido em 2010 pelo PSDB. Destruir a reputação das pessoas não é minha prática, nunca foi. Por mais ataques pessoais que eu tenha recebido, não devolverei.

Por que o sr. não se entusiasma com a proposta do prefeito Gilberto Kassab de apresentar um nome do PSD para seu vice, já que Lula defende a aliança?
O prefeito foi claro em sua estratégia de curto prazo, que é buscar uma aliança com Serra. Embora ele tenha sinalizado simpatia por outra alternativa e elogiado o PT, deixou claro que a perspectiva era outra. Penso que o prefeito está estudando cenários. Devemos receber com naturalidade um gesto de generosidade e simpatia. Você ganha a eleição assim, angariando apoio, independentemente de aliança eleitoral.

Não é contraditório o PT se aliar ao PSD em São Paulo, já que faz oposição a Kassab ?
O PT, nesse momento, está buscando entendimento com partidos da base aliada da presidenta Dilma.

Mas o PSD, hoje, é quase como se fosse da base de Dilma...
(Risos). Ele tem feito gestos importantes de aproximação, embora se declare independente.

O julgamento dos réus do mensalão, previsto para este ano, pode atrapalhar sua campanha?
Não acredito nisso. Hoje, as instituições funcionam livremente para apurar responsabilidades e dosar a pena de acordo com o erro cometido. Há denúncias para todo lado. Não gosto da expressão mensalão, mas tem o julgamento do mensalão do PSDB em Minas, do DEM no Distrito Federal. Não sei se haverá apuração dessas recentes denúncias sobre o processo de privatização, se o Ministério Público se envolverá nisso...

O sr vai atacar as privatizações do PSDB na campanha?
Não da forma como você está falando. A questão central é a da saúde. Existe essa proposta do governo do Estado de privatizar leitos do SUS para planos de saúde. Eu sou contrário a isso. Há também um aspecto importante, na cidade de São Paulo, que é o das concessões urbanísticas. Precisamos cuidar para não deixar sair dos trilhos. Temos de repensar o planejamento urbano.

A senadora Marta Suplicy foi obrigada a retirar a pré-candidatura para apoiá-lo, mas até agora não demonstra entusiasmo de entrar em sua campanha. É possível curar essas feridas?
A ideia de que no PT alguém foi obrigado a retirar a candidatura não tem como prosperar.

Ela foi pressionada e disse que ficou frustrada...
Até o presidente Lula já participou de prévia no PT. Tem um pouco de fantasia e dramaticidade nisso. Na conversa que tive com a senadora, a quem respeito muito - acho que foi uma grande prefeita -, ela demonstrou total disposição de colaborar com a campanha.

O sr. está contando com isso?
Conto com o partido todo, com os partidos aliados, com o presidente Lula, com a presidenta Dilma... A pior coisa do mundo é você esconder quem o apoia. Isso é o feio na política...

O sr está falando de quem? O PT diz que o ex-governador Serra escondeu o ex-presidente Fernando Henrique em 2010.
Você acha isso? Estou falando em tese (risos).

E o sr. não vai se esconder atrás do ex-presidente Lula e da presidente Dilma?
Não existe eleição de quem não se apresenta. Nem o candidato pode se esconder nem os seus apoiadores. Se não, tem uma coisa errada com a campanha.